Crônica escrita em novembro de 2006, na ocasião da viagem dos nossos queridos Gus e Sissa.
So long Gus and Sissa
A essas horas eles devem estar no meio do mar em sua travessia transoceânica. A bordo do cargueiro Alianca Mauá que até ontem nem sabiam o que carregava. Partiram atulhados de malas (duas só de livros) numa viagem sem volta. Vinte dias no mar desértico e depois a vida inteira em terra estrangeira. Imigrando em busca de um sonho, o tipo de viagem que não se mede em quilômetros.
Ser artista nesse país não dá pé, me confidencia antes da partida o Gustavo que certamente puxará conversa com o capitão que provavelmente será polonês. Talvez bebam brandy na noite fria, o som contínuo das ondas embalando a conversa muda de dois homens do mar. Na bagagem de mão, livros de grandes navegadores: As cartas de Colombo, uma biografia de Nassau e o Grande Sertão: Veredas (que dá no mesmo).
Melissa levará pro Velho Mundo sua beleza & bondade de deusa, abarcando no trajeto o mar inteiro com seus olhos gigantes. Enquanto desmantelava o apartamento, Melissa deixou na prateleira pequenos presentes, lembranças (livros principalmente), com os nomes dos amigos marcados em etiquetas. Pra buscar depois.
Eu (além de alguns livros) ganhei um porta-retratos de vidro com uma foto da musa clicada pelas lentes apaixonadas do marido. Melissa e sua beleza cinematográfica de rainha de filme mudo. Coloquei seu retrato num ponto estratégico da estante, de onde posso olhá-lo sempre que sento no meu pufe predileto. O amor tem dessas coisas.
Saudade pode ser imediata? Saudade passa? Saudade mata?
Não vejo a hora de fazer uma visita a esses dois. De avião chego em tempo de dar as boas vindas.
So long Gus and Sissa
A essas horas eles devem estar no meio do mar em sua travessia transoceânica. A bordo do cargueiro Alianca Mauá que até ontem nem sabiam o que carregava. Partiram atulhados de malas (duas só de livros) numa viagem sem volta. Vinte dias no mar desértico e depois a vida inteira em terra estrangeira. Imigrando em busca de um sonho, o tipo de viagem que não se mede em quilômetros.
Ser artista nesse país não dá pé, me confidencia antes da partida o Gustavo que certamente puxará conversa com o capitão que provavelmente será polonês. Talvez bebam brandy na noite fria, o som contínuo das ondas embalando a conversa muda de dois homens do mar. Na bagagem de mão, livros de grandes navegadores: As cartas de Colombo, uma biografia de Nassau e o Grande Sertão: Veredas (que dá no mesmo).
Melissa levará pro Velho Mundo sua beleza & bondade de deusa, abarcando no trajeto o mar inteiro com seus olhos gigantes. Enquanto desmantelava o apartamento, Melissa deixou na prateleira pequenos presentes, lembranças (livros principalmente), com os nomes dos amigos marcados em etiquetas. Pra buscar depois.
Eu (além de alguns livros) ganhei um porta-retratos de vidro com uma foto da musa clicada pelas lentes apaixonadas do marido. Melissa e sua beleza cinematográfica de rainha de filme mudo. Coloquei seu retrato num ponto estratégico da estante, de onde posso olhá-lo sempre que sento no meu pufe predileto. O amor tem dessas coisas.
Saudade pode ser imediata? Saudade passa? Saudade mata?
Não vejo a hora de fazer uma visita a esses dois. De avião chego em tempo de dar as boas vindas.
Marcadores: Crônica falada
1 Comments:
Lindo!!! De arrepiar os ossos...Segue assim escrevendo pra nóis lê...beijos querido
Postar um comentário
<< Home