16.1.08

YOU TUBE FAVORITES VI
Sly Stone

O Sly and The Family Stone é a banda que melhor representa o espírito de otimismo e fraternidade dos anos 60. Formado em São Francisco, em 1967, o grupo tinha como líder Silvester “Sly Stone” Stewart, músico que carregava na bagagem a participação em grupos vocais de R&B e, como produtor, já dera ao mundo pelo menos um hit: “Laugh, Laugh” com os californianos The Beau Brummels. À frente do Family Stone, uma vibrante agremiação que quebrava barreiras raciais e de gêneros, incluindo em sua formação negros e brancos, homens e mulheres, Sly criou uma série de canções perfeitamente sintonizadas com o ideário humanista da década. Mesmo assim, não soam datadas ou anacrônicas, graças à excelência musical e poética que as tornam eternas. Sly também integra o cânone do funk, tendo aprimorado a receita de James Brown e acrescentado a ela o tempero do rock psicodélico.

Diferente de outros ícones dos sixties (Hendrix, Morrison, Joplin), Sly sobreviveu àquela turbulenta década. Ironia do destino, permanece atolado num limbo artístico do qual não consegue escapar desde a metade dos anos 1970, quando lançou os últimos discos importantes da Family Stone. O motivo é o mesmo vício em drogas pesadas que vitimou seus pares. A seguir, o homem em três momentos. “Stand!”, faixa título do álbum de 1969, considerado o melhor da discografia do Sly and The Family Stone, é um disparo político e poético contra toda opressão. “Thank you (Falettinme Be Mice Elf Agin)”, single lançado em 1969 que se tornou hit no ano seguinte, é um funk poderoso e veículo perfeito pro baixista Larry Graham e sua técnica de slapping. “If You Want Me To Stay” (do álbum Fresh, de 1973) é uma saborosa canção pop que foi revisitada pelos Red Hot Chili Peppers e tem um daqueles momentos de poesia que só Sly Stone é capaz de criar: “When you know that you’re never number two / Number one is gonna be number one". Sly, o número um.





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