A farmácia na prateleira
(A velharia inédita abaixo tem uns bons (& velhos) 7 ou 8 anos. Não sei por que razão foi escrita, mas sei de onde veio a inspiração: do livro The Rolling Stone Book of The Beats, uma seleção de artigos, textos ficcionais e entrevistas sobre a Geração Beat, publicados nos últimos 40 anos na prestigiada revista . Baita livro. Lá no meio, tinha esse Key Works of Beat Drug Literature, uma lista compilada pelo escritor Michael Horowitz com as obras fundamentais da literatura Beat e as drogas nelas presentes.)
Percebo que durante a adolescência estava muito mais interessado em drogas do que em sexo (se bem que com uma quantidade daquelas de química no corpo até o Michael Douglas ficaria blasé). As sessões eram, na maioria das vezes, nos finais de semana, em casa. Um grupo seleto experimentava de tudo um pouco (ou muito): maconha, haxixe, anfetamina, ácido, lança, cheirinho, benzina, cocaína, heroína, hipofagin, dualid, inibex, artane, tylex, elixir paregórico, chá de cogumelo, chá de cartuxo, dama-da-noite, nós moscada e até café. Em quantidades cavalares. Com borra e tudo. Tinha o nome besta de Café Árabe.
O procedimento era pedagógico pra caramba. Super-embasado, com toda uma literatura por trás. Livros que, se não nos abriam as portas da percepção, nos faziam ao menos bater à do traficante mais próximo. Tudo culpa do proselitismo lisérgico do Timothy Leary e da prosa alienígena do Burroughs. Alguém aí falou em apologia?
Aqui vão alguns livros que fizeram as nossas cabeças:
"Confissões de um Comedor de Ópio" (1821) / Thomas de Quincey
Láudano (tintura alcoólica de ópio)
"O Clube dos Haxixins" (1831) / Théophile Gautier
Haxixe, ópio
"Ópio – Diário de uma Desintoxicação" (1930) / Jean Cocteau
Ópio
"Haxixe" (1940) / Walter Benjamin
Haxixe
"Junky" (1953) / William Burroughs
Heroína/cocaína/maconha/anfetamia/benzedrina/barbitúricos e outras drogas
"As Portas da Percepção" (1954) / Aldous Huxley
Mescalina
"Uivo e outros poemas" (1956/1960) / Allen Ginsberg
Maconha/alucinógenos e outras drogas
"On The Road" (1957) / Jack Kerouac
Maconha/benzedrina
"Os Subterrâneos" (1958) / Jack Kerouac
Maconha/anfetamina
"Almoço Nu" (1959) / William Burroughs
Heroína/cocaína/maconha/anfetamia/benzedrina/barbitúricos e outras drogas
"Cartas do Yage" (1963) / William Burroughs e Allen Ginsberg
Ayauasca
"O Teste do Ácido do Refresco Elétrico" (1966) / Tom Wolf
LSD/maconha/anfetamina e outras drogas
"Flashbacks" (1984) / Timothy Leary
LSD/psilocibina e outras drogas
Leo Felipe já abandonou a literatura acerca das drogas assim como as próprias. Não bebe, não fuma, não cheira e só lê publicações acadêmicas.
(A velharia inédita abaixo tem uns bons (& velhos) 7 ou 8 anos. Não sei por que razão foi escrita, mas sei de onde veio a inspiração: do livro The Rolling Stone Book of The Beats, uma seleção de artigos, textos ficcionais e entrevistas sobre a Geração Beat, publicados nos últimos 40 anos na prestigiada revista . Baita livro. Lá no meio, tinha esse Key Works of Beat Drug Literature, uma lista compilada pelo escritor Michael Horowitz com as obras fundamentais da literatura Beat e as drogas nelas presentes.)
Percebo que durante a adolescência estava muito mais interessado em drogas do que em sexo (se bem que com uma quantidade daquelas de química no corpo até o Michael Douglas ficaria blasé). As sessões eram, na maioria das vezes, nos finais de semana, em casa. Um grupo seleto experimentava de tudo um pouco (ou muito): maconha, haxixe, anfetamina, ácido, lança, cheirinho, benzina, cocaína, heroína, hipofagin, dualid, inibex, artane, tylex, elixir paregórico, chá de cogumelo, chá de cartuxo, dama-da-noite, nós moscada e até café. Em quantidades cavalares. Com borra e tudo. Tinha o nome besta de Café Árabe.
O procedimento era pedagógico pra caramba. Super-embasado, com toda uma literatura por trás. Livros que, se não nos abriam as portas da percepção, nos faziam ao menos bater à do traficante mais próximo. Tudo culpa do proselitismo lisérgico do Timothy Leary e da prosa alienígena do Burroughs. Alguém aí falou em apologia?
Aqui vão alguns livros que fizeram as nossas cabeças:
"Confissões de um Comedor de Ópio" (1821) / Thomas de Quincey
Láudano (tintura alcoólica de ópio)
"O Clube dos Haxixins" (1831) / Théophile Gautier
Haxixe, ópio
"Ópio – Diário de uma Desintoxicação" (1930) / Jean Cocteau
Ópio
"Haxixe" (1940) / Walter Benjamin
Haxixe
"Junky" (1953) / William Burroughs
Heroína/cocaína/maconha/anfetamia/benzedrina/barbitúricos e outras drogas
"As Portas da Percepção" (1954) / Aldous Huxley
Mescalina
"Uivo e outros poemas" (1956/1960) / Allen Ginsberg
Maconha/alucinógenos e outras drogas
"On The Road" (1957) / Jack Kerouac
Maconha/benzedrina
"Os Subterrâneos" (1958) / Jack Kerouac
Maconha/anfetamina
"Almoço Nu" (1959) / William Burroughs
Heroína/cocaína/maconha/anfetamia/benzedrina/barbitúricos e outras drogas
"Cartas do Yage" (1963) / William Burroughs e Allen Ginsberg
Ayauasca
"O Teste do Ácido do Refresco Elétrico" (1966) / Tom Wolf
LSD/maconha/anfetamina e outras drogas
"Flashbacks" (1984) / Timothy Leary
LSD/psilocibina e outras drogas
Leo Felipe já abandonou a literatura acerca das drogas assim como as próprias. Não bebe, não fuma, não cheira e só lê publicações acadêmicas.
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4 Comments:
UAU... Tão bacana ver vários títulos conhecidos e suas relações com várias substâncias conhecidas...
fã de carteirinha da geração beat...
http://trecosetrapos.org/weblog
leuzinho...
altas recordações da adolescência junkie...
são episódios realmente inesquecíveis!
um bj nada drogado...careta!
fráva
Bonjorno, fogueteformidavel.blogspot.com!
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